Que este ano que se inicia possamos colocar em prática as melhores idéias de 2013 as quais não foram realizadas. Essa é justamente a intenção desse blog, trazer para a reflexão boas idéias e, o mais importante, poder mudar para melhor nossa atitude diante no mundo. Feliz 2014!!
Este blog foi criado com a intenção de refletir sobre os mais interessantes temas da sociedade nos ramos de ciência, religião, filosofia, política, cultura e atualidades. Nos instigando a debater, expor opiniões, buscar entendimento e pensar criticamente. Além disso, serão expostos artigos que nos estimulem a tomar atitudes. Dentre eles, temas sobre empreendedorismo, inovação, soluções ecológicas, campanhas sociais, dentre outros. Sejam muito bem vindos.
domingo, 29 de dezembro de 2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Por que prefeitos deveriam governar o mundo?
Uma palestra de Benjamin Barber, cientista político americano, fala sobre a descentralização de poder para as cidade e a problemática das relações entre nações. Mostrando como a atual organização política em estados-nações se tornou arcaica com as demandas do novo milênio, em que não existem reais fronteiras entre os países.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Razão e loucura: Apolo e Dionísio na mitologia Grega
Pode existir a razão sem sua antítese, a loucura? Que semelhança pode haver entre as nossas preocupações contemporâneas de estabelecer uma fronteira entre são e insano, normal e louco, racional e irracional, e as narrativas mitológicas gregas do século VI a. C.?
Os antigos gregos já se preocupavam com as mesmas questões nós, contemporâneos, e à sua maneira, procuraram fornecer respostas que nortearam a visão e os valores herdados por nós. Como os antigos gregos poderiam nos ajudar a compreender a origem de nosso pensamento sobre as relações entre a racionalidade e a loucura? A mitologia, o estudo das narrativas mitológicas, ou mais especificamente das relações entre os deuses Apolo e Dionísio, podem ajudar-nos a compreender melhor estas questões. Quem eram eles?
Apolo e Dionísio eram irmãos, ambos filhos do mesmo pai: Zeus. E as semelhanças encerram por aqui. Convido o leitor a conhecer um pouquinho de cada um desses deuses tão distintos e assim compreender como a tradição mitológica grega abordou a separação entre razão e emoção, racionalidade e loucura, e qual o seu legado para nós em pleno século XXI.
Apolo: a sábia razão
Apolo era o deus da beleza, da perfeição, da harmonia, do equilíbrio e da razão. Essa perfeição não era alcançada a não ser equilibrando forças opostas: a doença e a cura, o castigo e a proteção. Porém, não se iluda. Dizer que Apolo era o deus da harmonia e da perfeição não significa que fosse um deus benevolente. O conceito de deus bondoso e benevolente simplesmente não existia entre os antigos gregos. Os deuses da mitologia grega, à semelhança dos seres humanos, eram caprichosos, possuindo vícios e qualidades.
Apolo, poderoso e caprichoso, era temido por deuses e homens, e sua ira só podia ser aplacada por seu pai e sua mãe. Ao mesmo tempo que era o deus das pragas e das doenças, era o deus das curas e da proteção contra os males da natureza. A tradição mitológica conferiu-lhe um caráter civilizador por excelência, uma vez que sua violência foi apresentada como necessária dentro do universo para estruturar o cosmos a partir do caos.
Apolo era também o deus dos sonhos. Essa necessidade dos gregos pela experiência onírica atribui a Apolo o seu caráter divinatório. Não é à toa que lhe foi conferido o título de patrono do Oráculo de Delfos. Quem já não ouviu a famosa frase que estava gravada no pórtico de entrada do Templo de Delfos – “Conhece a ti mesmo” ?
Estaria então a imagem de Apolo ligada a uma verdade universal superior somente passível de ser acessada através da experiência onírica, pois era através dos sonhos que as grandes verdades eram reveladas.
Apolo representava a iluminação fornecida pela sabedoria e, mesmo estando colérico e mal-humorado, era a personificação da beleza (beleza física e de caráter). Ser belo para os gregos significava ser bom, já diz a expressão kalói kaí agathói (“os belos e os bons”) que posteriormente foi conferida aos arístoi (os aristocratas).
Dionísio: a louca emoção
Dionísio era o deus dos ciclos vitais, da alternância entre as estações do ano, das relações entre corpo e alma, da mescla entre o divino e o profano, das emoções descontroladas, da transgressão à ordem estabelecida, da embriaguez e das orgias. Era o deus das festas, do vinho, da intoxicação que funde o bebedor profano ao âmago de seus sentimentos mais nobres. Extremamente intenso, era visto com desconfiança pelos seus pares por seu caráter mundano, desregrado, ligado às tais loucuras da natureza humana.
Era o deus mais humano de todos, o que melhor representava a natureza humana que, frente às incertezas da vida cotidiana, na maior parte das vezes incompreensível, entregava-se aos vícios. Regia a intensidade das paixões irrefreáveis que podia compreender a pureza e a beleza do Olimpo mesclada ao aspecto sombrio dos sofrimentos humanos.
Dionísio é visto como um desregrado, como um depravado, pelos demais deuses e inclusive pelos homens. Porém, diferente de Apolo que via os homens a partir de uma perspectiva superior e distanciada, Dionísio estava entre eles, experimentando suas alegrias e padecendo seus sofrimentos.
Dionísio é comumente retratado na companhia de sátiros, centauros, ninfas, e mênades – mulheres levadas à loucura, intoxicadas e violentas, que vagavam à noite pelas montanhas participando de atividades ritualísticas. O culto a Dionísio, os chamados Mistérios Dionisíacos, implicavam no uso de vinho para induzir transes e erradicar as inibições. O culto dionisíaco teve grande aceitação entre todos aqueles grupos que estavam à margem da sociedade: estrangeiros, foras da lei, escravos e mulheres.
Opostos ou complementares?
Apolo era o deus dos sonhos, do objetivo e do planejamento. Dionísio era o deus das intoxicações, das incertezas cotidianas, da existência efêmera, isto é, do que é finito, da própria mortalidade da existência humana. Ambos eram protótipos originais de toda a arte, de todas as formas de arte…
Apolo e Dionísio eram considerados manifestações distintas da mesma divindade. Apolo era a imagem do iniciado que estuda a natureza através da ciência (logos), símbolo da passagem da infância à vida adulta, a imagem do educador ideal, representante do sistema educacional grego (a paideia). Sua função era elevar a alma à esfera da verdade e à luz da razão. Era signo da individualização, da constituição da personalidade no processo de formação do indivíduo. Dionísio, ao contrário, representava a fusão no outro, a submersão da sua identidade na identidade do outro, demonstrada no teatro pelo uso de máscaras (que esconde os rostos dos atores) e o uso do coro (que não permite distinguir uma voz de outra) onde cada um é apenas uma parte do todo.
O valor dos sonhos de Apolo consistia em definir o homem esteticamente sensível como um observador da vida, pois as imagens vistas em sonhos consistiam em si mesmas interpretações da vida. O sonho além de ser um prazer intenso era uma necessidade da vida, para compreender a própria vida.
O valor do caos de Dionísio: o deus personificava a desordem irracional da existência humana, sua vitalidade, instabilidade e fugacidade, que consistiam em motores de propulsão dos sonhos apolíneos. Estes deveriam ser organizados para se tornarem compreensíveis e transmissíveis através do poder articulador e discursivo de Apolo.
O encontro de Apolo e Dionísio
A polaridade Apolo-Dionísio foi portanto associada às polaridades entre a ordem e a desordem universal, entre a razão organizadora e a loucura desregrada, entre o equilíbrio do pensamento e a instabilidade das emoções. A oposição entre Apolo e Dionísio consiste na dicotomia fundadora da compreensão moderna da psique humana, que ora é regida pelos impulsos racionais (apolíneos), ora pelos impulsos sexuais (dionisíacos). A expressão dessa polaridade alcança inclusive o domínio das artes: a arte apolínea é mais figurativa e clássica, a arte dionisíaca é mais poética e sensual.
Apolo é a ordem que brota do caos, que orienta o movimento dos planetas de acordo com os planos divinos, que confere razão e sentido a cada uma das dimensões da existência. É o cuidado rígido e necessário para uma vida saudável. É hierarquia.
Dionísio é o caos que implode toda a ordem universal e relembra que nenhuma ordem é permanente, que a existência é efêmera, que tudo o que resta são momentos que devem ser vividos com espontaneidade e passionalidade. Não havendo garantia de estabilidade, aplaca o sofrimento com os vícios. É rebeldia.
Tão opostas são estas duas realidades quanto complementares. Apolo sonha, planeja, executa com uma rigidez que pode aniquilar a si mesmo. Dionísio se intoxica, abandona-se ao caos existencial carecendo da ordem necessária para dar forma à sua inspiração. Ora alegre, ora sofredor, sua instabilidade o aniquila.
Levados às últimas consequências, cada uma dessas dimensões da psique humana tende a se implodir. Unidos, porém, Apolo e Dionísio explodem em um forte impacto inicial, um misto de estranhamento e curiosidade um pelo outro, para então se fundirem e encontrarem o equilíbrio necessário à continuidade da existência.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
O Contraste de Gerações
Embora
as datas que marcam as gerações variem um pouco para diferentes
autores, podemos considerar Baby Boomers as pessoas nascidas entre
1946 e 1964; a geração X, entre 1965 e 1979; a geração Y entre
1980 e 2000.
Várias
gerações convivem na família, na escola, no trabalho, na
comunidade. Há semelhanças e diferenças entre elas em várias
questões tais como: valores e visão de mundo, modo de lidar com a
autoridade, sentido de lealdade, expectativas, equilíbrio entre as diversas áreas da vida.
Ao
traçar o perfil das diferentes gerações, corre-se o risco de fazer
generalizações indevidas, uma vez que nem todos se encaixam nos
esquemas propostos. Mas, em linhas gerais, especialistas dedicados ao
tema apontam como características
principais
dos Baby Boomers o fato de terem sido jovens rebeldes que, em sua
maioria tornaram-se adultos conservadores, embora não rígidos.
Valorizam o status e a ascensão profissional dentro da empresa a
qual são leais.
A
geração X encontrou um cenário de mudanças na família, com pai e
mãe trabalhando, sentimentos de culpa das mulheres pela ausência do
lar, gerando dificuldades de colocar limites; no ambiente de
trabalho, a tendência é de "fugir" da burocracia. A
percepção de que adultos leais à empresa perderam seus postos
estimulou a tendência de desenvolver habilidades que melhorem a
empregabilidade, já que não se pode mais esperar estabilidade.
As
pessoas da geração X tendem a ser individualistas, irreverentes,
autoconfiantes; valorizam mais a lealdade a si mesmas, já que a
aspiração de conseguir um emprego por toda a vida deixou de
existir; são fáceis de recrutar, mas difíceis de manter. No
ambiente de trabalho, gostam de variedade, desafios e oportunidades,
querem trabalhar com liberdade, flexibilidade e criatividade, sentem
necessidade de feedback.
Quando
as pessoas da geração Y começaram a nascer, encontraram o Brasil
passando por grande instabilidade econômica e, pouco depois,
reinstalando a democracia. No cenário mundial, a cultura da
impermanência, a falta de garantias, com mercados voláteis. A
velocidade dos progressos tecnológicos e a globalização
facilitaram a interconexão global, mas
aumentaram
a desigualdade social e econômica.
É
a primeira geração da história a ter maior conhecimento do que as
anteriores de uma área essencial: a tecnologia. Convivendo com a
diversidade das famílias multifacetadas, tendo passado a infância
com a agenda cheia de atividades e de aparelhos eletrônicos, as
pessoas dessa geração são multitarefas, vivem em ação e
administram bem o tempo. Querem trabalhar para viver, mas não vivem
para trabalhar. Captando os acontecimentos em tempo real e se
conectando com uma variedade de pessoas, desenvolveram a visão
sistêmica e aceitam a diversidade.
Vivendo
na era dos direitos da criança, as pessoas da geração Y tendem a
ter boa auto-estima e a apresentar dificuldades de relacionamento com
as figuras de autoridade. Reivindicam seus direitos, às vezes, com
dificuldade de perceber os direitos dos demais, são curiosas,
impacientes e imediatistas.
A
percepção de múltiplos pontos de vista, a descoberta de várias
maneiras certas de fazer as mesmas coisas tornam-nas intolerantes a
posturas rígidas de comando. Não respeitam cargos nem currículos,
mas admiram a competência real e o comportamento ético. Desejam
contribuir com inovações, receber recompensas e reconhecimento
explícito pelo bom trabalho e sentir que fazem diferença. Precisam
perceber claramente o papel de sua colaboração para o funcionamento
do todo maior.
Portanto,
o desafio essencial é descobrir que, na realidade de
hoje, e na sociedade de redes, a convivência inter-gerações é um processo
diário de aprendizagem recíproca. Nas palavras de
Paulo Freire: Não há ninguém que tudo saiba, nem ninguém que nada
saiba. Tudo se resume a uma troca de saberes.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Empreendedorismo, produtividade e mentalidade empreendedora
Esse vídeo é uma entrevista super descontraída do Seiiti Arata com a jovem empreendedora Bel Pesce. Ela fala um pouco sobre sua vida: infância, faculdade, seus hábitos diários, família etc. E também dá muitas dicas sobre como ser patrão do seu próprio negócio.Vale a pena assistir e entender como pensam pessoas empreendedoras de sucesso.
Conhecimento na prateleira.
Podemos dizer que a
geração da internet é privilegiada. Imagine antes da explosão da
rede como era para acessar algum assunto de utilidade. Se estivéssemos
na escola, o professor passava a tarefa sobre, por exemplo, a ecologia na ilha de
galápagos. O livro de pesquisa era aquele mesmo que o
professor indicou no início do ano. Ao pesquisar na biblioteca, os
exemplares eram limitados, e só contemplavam autores renomados. A
internet veio para revolucionar nossa forma de adquirir conhecimento. Mas será que ela veio apenas para nos ajudar? Ou a facilidade e a
quantidade de informação da rede também podem atrapalhar nossas vidas.
Com o Google,
Wikipédia, sites de notícias etc., tão comuns hoje em dia,
qualquer informação está ali bem na nossa frente. Nem precisamos nos deslocar para
uma livraria ou biblioteca, perguntar sobres exemplares a atendente, ver o índice e buscar o número da página. Embora estes sejam bons motivos para um
passeio. Só que aquela facilidade trás um perigo: de aceitarmos
tudo que lemos sem questionar, selecionar, checar as fontes e
principalmente duvidar. Pode-se dizer que este rigor é mais
apropriado pra quem faz ciência e escreve artigos científicos.
Porém, mesmo para usuários comuns, existem as crenças pessoais que são influenciadas por toda informação que recebemos e de
nossas memórias. Então é importante não aceitar prontamente tudo
que lemos.
Existe também um
problema nos tempos atuais que muitos chamam de obesidade de informação. Consumimos
vorazmente conteúdos muitas vezes inúteis, que não acrescentarão
nada a nossa vida. Seja sobre as aventuras íntimas de Justin
Bieber, ou da separação conjugal de Orlando Bloom!. Nada contra
quem gosta dessa notícias, também sou consumidor ardente por
informação dos mais variados tipos. Mas acho que poderíamos ter um
filtro: Que informação vai me deixar mais crítico, mente aberta? O
que é realmente útil para nosso dia a dia? E assim não nos deixar
dominar pelos poderes midiáticos da internet.
Mesmo assim, é
uma vantagem extraordinária termos essa ferramenta, que além de
facilitar nossa vida, possibilita também aproximar mundos. Que me
possibilitou criar esse blog e expor meu pequeno horizonte e dizer ao
mundo o que acho. E assim receber feedback e poder dialogar.
O homem sempre desenvolve soluções criativas
Não há desculpas para quem quer destruir a natureza em nome do desenvolvimento!
Inversão de valores
A
cada dia, o que era certo parece tornar-se errado e o errado parece
tornar-se certo.
Quando alguém se esforça para ser uma
pessoa mais dócil e humana, pode-se notar que estranhamente ela
passará a ser taxada de tola ou merecedora de descrédito. É, na
verdade, antagônico e absurdo. Com freqüência, percebemos que a
conduta de quebrar regras e desrespeitar normas é objeto de
admiração de muitas pessoas. É perceptível no trabalho,
funcionários que seriam maus exemplos, serem "seguidos" ou
copiados por outros funcionários. Quando o comportamento em vez de
receber reprovação, recebe admiração e ainda é imitado, torna
explícito o absurdo da inversão de valores que vivenciamos.
Se
há um programa televisivo que consiste em observar pessoas se
relacionando e convivendo em um lugar isoladamente, percebe-se que
uns personagens optam por um comportamento "rebelde" ou
indisciplinado para atrair simpatia, e o pior, obtém sucesso,
tornam-se os vencedores. Porque se mostraram "maus",
agressivos ou impetuosos atraíram afeto e admiração. Se,
indisciplina e rebeldia geram simpatia, o que pensar dos que prezam a
disciplina e subordinação?
Não é o objetivo deste artigo
criticar ou condenar o admirador ou o transgressor, mas sim,
identificar aquilo que todos inconscientemente estão sujeitos a
fazer; menosprezar o ético e enaltecer o reprovável.
Em uma
universidade, torna-se clara a distinção que se faz entre condutas
diferentes. Há aqueles que se dedicam aos estudos, perguntam,
participam e prestam atenção às aulas, em contra partida, há os
que fazem exatamente o oposto; freqüentemente ausentes das aulas por
preferirem bares, e trocam grupos de estudo, por qualquer coisa que
seja inútil e com aparência de indisciplina.
Não
faz muito tempo, que os pais ou avós ensinavam que os homens deviam
ser cavalheiros com as mulheres, ou que as pessoas deviam se
respeitar. Havia o conceito de que era fundamental ao ser humano a
generosidade e cordialidade, no entanto, hoje, qualquer um está
sujeito a ser interpretado como antiquado ou ultrapassado se assim o
fizer.
Quando alguém é notado em ações de bondade, é
definido como pateta e alguém que age maldosamente, por vezes recebe
aplausos, teremos, com certeza, um prognóstico de que a sociedade
caminha a passos largos para um mundo amoral e repleto de
conflitos.
Todos os problemas da inversão de valores
apontados, refletem diretamente na convivência de qualquer grupo
social. Notar-se-á na família, filhos que não respeitam os pais, e
se o fizerem , serão até criticados pelos seus amigos. Teremos
casais sem princípios essenciais a uma convivência duradoura e
saudável. Não haverá renúncia, compreensão e bem-estar entre
cônjuges, pois o homem que renunciar será tido por "dominado"
e a mulher se o fizer será titulada por "Amélia".
O
bom funcionário será "puxa-saco" e o negligente será
exemplar. O cônjuge infiel será bem-visto e o fiel será
subestimado.
Os valores são violentados todos os dias por
diversos meios e atitudes nos relacionamentos. A todo o momento as
pessoas são reprimidas por agirem com cordialidade e simultaneamente
incentivadas a transgredirem os princípios morais.
Não se pode ignorar a grande
influência dos meios de comunicação na divulgação das
contravenções e a quebra de princípios como comportamento
modelo.
É patente, em atuações de novelas e filmes, os maus
receberem simpatia e os bons serem ridicularizados. Em Hollywood, os
viciados e foras-da-lei são alvos de apreço e como mencionado
anteriormente, em reality-shows os bad-boys são favoritos a
vencedores.
Dependerá dos líderes, oradores, conselheiros,
escritores e agentes de posições similares, propagar os bons
conceitos e incutir o repúdio à má conduta, bem como reconhecer
com apreço os bons costumes.
A inversão de valores
compromete o convívio social e deve ser combatida com rigor por meio
de pessoas comprometidas com o desenvolvimento humano e o progresso
social.
Entre mil vidas, vivemos apenas uma.
Diante da vastidão que é este Planeta em que vivemos, por quê será, que viemos parar exatamente onde nos encontramos agora? Nesta família, neste grupo de pessoas, neste país, enfim, nesta cultura.
Todos nós, seres humanos, somos praticamente iguais biologicamente. Dividimos a mesma estrutura óssea, o mesmo organismo e mesma estrutura genética. Entretanto, quando se trata de ciência, costume, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, somos completamente diferentes. É claro, que quando se tratando de pessoas de um mesmo grupo, que dividem uma mesma cultura, essas diferenças não se sobressaem tanto.
Pois bem, quando o antropólogo norte-americano Clifford Geertz diz: “…todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, mas terminamos no fim tendo vivido uma só!” ele ressalta exatamente a intenção dos parágrafos anteriores. Para ficar mais claro, continuemos com um exemplo bobo.
No planeta Terra, existem 191 países, aproximadamente 6.912 idiomas, diversos tipos de crença, esportes e tradições. Vamos pensar agora num indivíduo separado da sociedade, ou melhor, vamos pensar em um bebê que ainda se encontra na barriga de sua mãe. As possibilidades que essa criança têm de viver diferentes “vidas”, são infinitas. É claro, que nunca irá viver como um animal, ou uma árvore. Porém, ela pode nascer em qualquer um dos 191 países, falar qualquer uma dos 6.912 idiomas, e até mesmo fazer combinações entre as duas coisas. Ao nascer, claro, seguirá apenas com uma dessa infinitas possibilidades.
As nossas características biológicas trazem junto consigo umas das mais importantes capacidade dos seres vivos, a de adaptação. Não importa o lugar que nascemos, somos sim, capazes de nos adaptar a ele.
Projeto Lua
Este é o projeto do Google que promete levar internet banda larga por wireless para todos. Até em áreas mais remotas do planeta. Vejam o vídeo.
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